Nos caminhos da Ilha Terceira, durante Maio a Outubro aficionados
terceirenses discutem vivamente o desempenho dos toiros nas touradas à corda.
Uns argumentam de modo “apaixonado” a determinadas ganadarias, outros nem
tanto. O que é facto, é que no seio de tanta discussão, fica sempre a ideia que
os toiros de antes eram superiores aos de hoje.
Discute-se a gestão do património genético das ganadarias terceirenses
mais utilizado nas touradas à corda, se está ou não em causa devido à
introdução de outros encastes no campo bravo açoriano, ou se a gestão do mesmo património
genético em questão, isto é, se os critérios e métodos de selecção são realmente
claros, objectivos e eficientes. Por outro lado confrontam a influência das
condições ambientais (maneio das ganadarias, características do enjaulamento ou
apartação, materiais das gaiolas dos toiros, pastores, número de pessoas nos arraias, tamanho dos arraias, tempo de
permanência do toiro no arraial, características do piso, hora da tourada, número de capinhas e os seus modos de intervir na tourada, etc)
de épocas passadas com as condições dos festejos actuais.
Entre troca de argumentos, há que realçar que as diferenças dos factores
acima descritos entre as duas épocas são distintos e que a partir do momento
que as condições de gestão das ganadarias e as condições do meio ambiente
diferem, as comparações dos toiros das duas épocas resultam, um tanto ao quanto
absurdas.
Em suma, tanto os toiros de outros tempos como os actuais tem os seus
defeitos e as suas virtudes, sendo extremamente difícil do ponto de vista
ganadeiro, conjugar os aspectos positivos dos toiros de antes e dos toiros de
agora, para a tourada à corda.

Muito bem observado, nao posso comparar uns tempos com os outros poque nao tenho muitos anos de vida e menos ainda a ver e apreciar touradas no entanto, acho que as pessoas antigas ,caem no ridiculo, muitas vezes em defesa da sua epoca.
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