É consensual que a criação
do toiro de lide seja pioneira no que diz respeito ao nível da selecção do
ponto de vista zootécnico. Contudo, a verdade é que o avanço genético na
ganadaria brava torna-se relativamente lento devido às características de
comportamento que se tentam seleccionar e por serem de difícil mensuração, ao
tempo de espera para testar os animais, e ao empirismo existente em torno deste
tipo de produção.
Segundo o conceituado
ganadeiro espanhol Juan Pedro Domecq y Sólis, na sua obra Del Toreo a la
Bravura, uma forma de definir o comportamento básico dos bovinos de raça brava
seria em necessário analisar vinte e quatro características agrupadas em três
grandes grupos:
1 – Caracteres gerais;
2 – Caracteres
diante do cavalo;
3 – Caracteres diante
da muleta;
Meter a cara é um dos
caracteres que pertence ao terceiro grupo e foram os ganadeiros mexicanos os
primeiros a fazerem uma forte selecção sobre a referida característica.
Entende-se por meter a
cara – levar a cara humilhada (humilhar – movimento executado pelo toiro com a
cabeça, na tentativa colher) ao longo da arrancada. Este caracter é
extremamente importante na tauromaquia actual.
Numa fotografia captada
no ano de 2009, durante a feira taurina de S. João, observa-se o matador de
toiros “El Juli” a executar um derechazo ao toiro “Guarda” da ganadaria de Rego
Botelho, com a cara colocada de modo exemplar perante a muleta.
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Baseado em:
Domecq, J. P. (2009). Del Toreo a la Bravura. Alianza. Madrid. 155-156.

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