domingo, 23 de dezembro de 2012

O Vendedor Ambulante - “Ora meich! Meich!” Versus “Olha a queijadinha de Sintra”










Texto e fotografia: Pedro Correia

 

Ora meich! Meich!”. Esta expressão é comum ouvir-se nas festas da ilha Terceira. O som que flui a partir das cordas vocais de alguns civis, que tentam ganhar uns trocos com a venda de guloseimas e aperitivos, que viajam de modo organizado, no interior de cestos de vimes artesanais, em bom português não é mais do que um “Ora mais! Mais!”. Contudo, a expressão prenunciada de forma rápida e com influências dos modos de falar e sotaque típicos da ilha, torna-se em “Ora meich! Meich!

 

A variedade de cores que os cestos dos vendedores ambulantes adquirem, é variada e por vezes passa despercebida nos eventos festivos, tais como festas de cidade, touradas de praça ou de corda. Por outro lado, uma tourada à corda, ou qualquer outra festividade que se preze, deixa de ter a mesma graça sem estes vendedores ambulantes, que também contribuem para o movimento socioeconómico que envolve as manifestações festivas locais.

 

Por entre terras de Portugal peninsular, onde a taurinidade afecta as sociedades de modo significativo, o “Ora Meich! Meich!” não é uma realidade, contudo, o vendedor ambulante também surge em festejos como as corridas de toiros. É comum, depois do espectador entrar nas praças de toiros portuguesas do continente, ouvir-se com frequência os vendedores de queijadas de sintra com a típica expressão “Olha a queijadinha de Sintra!”.


 

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