Texto: André Cunha
Fotografia: Pedro
Correia
"É com enorme
expectativa que os aficionados Açorianos, com maior expressão nos amantes da
festa brava com raízes no...". Com estas palavras dava início a uma
epopeia que hoje celebra um ano. Sem nunca ter palpado o terreno e com
inocência, criei um gosto e uma vontade de transportar para o papel opiniões,
sentimentos, factos, emoções, histórias e vivências, em relação a um universo
que já conhecia e que sempre me cativou ao longo dos anos, o Toiro e tudo o que
gira à sua volta.
Longe de pensar na
repercussão que esse tal artigo iria ter, dou por mim a escrever um segundo
texto e quase com um "contrato" mensal em mãos. Sim, um
"contrato" com a afición e para com todos aqueles que me apoiaram
neste projecto, incentivavam a continuar, aos que me congratulavam e também aos
que me criticavam pela negativa. O ditado não engana, não se pode agradar a
gregos e troianos!
Se conseguisse cativar alguém, era bom. Se conseguisse cativar meia dúzia
de leitores, era excelente. Não transformo, não tenho vara de condão nem sou
santo milagreiro, mas fazer alguém olhar e tomar gosto pela festa brava era o
objectivo trilhado. Hoje tenho razões para dizer missão cumprida. Mas
terminada? Nunca! Embaixador da Festa Brava? Sempre!
Insónias, para muitos são
horas perdidas no reboliço dos lençóis. Para mim são momentos chave de
inspiração, um amontoado de ideias que fervilham na massa cinzenta e que fazem
adiar o sono. Por fim ouve-se um "pliiimmm!", fez-se luz. É hora de
rascunhar, transferir da cabeça para o papel pontas soltas, que depois de
juntas e bem alinhavadas surtem em algo com pés e cabeça, penso eu.
De olhos fechados imagino
todo o cenário, personagens pulam da gaveta, tento fazer uma caracterização
fiel e realista para que todos consigam inteirar-se do ambiente ou situação.
Primo pela genuinidade e ponho de parte cenas robotizadas, pré concebidas e sem
alma. Em mente tenho um propósito, que o leitor esboce um sorriso, tal como eu
consiga fechar os olhos e que lhe venha á memória vivências adquiridas
anteriormente, sinta que afinal também já passou pelos momentos retratados e
diga: "Epá, é mesmo assim! Tal igual!"
Futuro, planos, projectos...
abre-se um role no horizonte. Quanto a realização pessoal tem sido deveras
positivo nos mais diversos sentidos. Guardo como maior trofeu o reconhecimento
das gentes dos toiros e o facto de neste último ano ter conhecido várias
pessoas influentes no meio taurino, guardiões desta Festa, novas amizades que
me deixam satisfeitíssimo e com vontade de continuar. Guardo também um
agradecimento à família, amigos e a todos quantos gostam do trabalho que faço.
Termino com uma confissão,
é um gozo tremendo ler o que escrevo e pensar: "Espectáculo, isto foi
feito por mim!". Muita humildade não é? (lol)
PS: Agradecimento especial ao Graciosa Online pela oportunidade. Foi o meu
Júlio Isidro!

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