sexta-feira, 5 de outubro de 2012

"No hay Quinto Malo"




Texto e fotografia: Pedro Correia


Na época em que não se faziam sorteios nas corridas de toiros espanholas, os ganadeiros reservavam o melhor toiro para quinto lugar. Uma das possíveis explicações para os ganadeiros colocarem os melhores toiros em quinto da ordem, poderá estar relacionada pelo facto de muitas praças estarem na periferia das cidades e o público iniciar o abandono do espectáculo antes de terminar a lide do sexto e ultimo toiro da corrida.

 

Nas touradas à corda na ilha Terceira em que apenas correm quatro toiros, curiosamente também é utilizado o termo “quinto toiro”. Esta terminologia está associada aos comes e bebes que se fazem dentro das moradias particulares e em redor das tascas ambulantes que estão nos limites dos arraias da tourada. Esta parte da tourada, badalada entre as gentes da ilha resulta num convívio social com grande impacto e que os mais entendidos em tauromaquia na ilha, já gozam em dizer “No hay quinto malo”, ou seja não há quinto mau. O que é certo é que, também o “quinto toiro”, por vezes passa despercebido e provoca “colhidas agressivas”, devido ao excesso de consumo de álcool e por isso também tem o seu perigo.

 

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Baseado em:

·         Ganaderos de Lidia Unidos (s/d). Refranes Toross. In: http://www.ganaderoslidia.com/webroot/refranes_taurinos1.htm. Consulta efectuada em 21 de Setembro de 2012

·         Reus, F. B. (s/d). EL LÉXICO TAURINO EN LA VIDA COTIDIANA. Universidad de Alicante. In: http://webs.ono.com/garoza/G4Reus.htm. Consulta efectuada em 21 de Setembro de 2012


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