Texto
e fotografia: Pedro Correia
A
afición à festa brava na ilha Terceira, é sobejamente conhecida, pelo carinho
que as suas gentes têm ao toiro bravo. É verdade, que, nesta terra recordam-se
toiros pela sua bravura, façanhas ou detalhes que os tornaram particulares, que
nasceram há já quase um século. Vários toiros antigos são hoje recordados, como
por exemplo o “Catrina Velho”, “Descornado”, também conhecido por “Galho e Meio”,
“Colosso”, “Flor do Mato”, “Mulato”, entra tantos outros. É certo que, grande
parte destes momentos dos bravos açorianos do passado estão muito associados à
tourada à corda, no entanto, houve toiros que fizeram história sobre os pisos
térreos das arenas terceirenses.
Curiosamente,
nós por cá, no blog Toiros & Açores, temos disponibilizado espaços
dedicados a várias ganadarias. Naturalmente predominam as açorianas, em
particular as da ilha Terceira, pois aguardamos vivamente, pelo momento mais oportuno,
para reunir um banco de fotografias das explorações de reses bravas das
restantes ilhas.
Desde
o início da publicação de informação relativa às ganadarias no blog, temos vindo
a constatar, através de estatísticas do blog, que esses artigos, têm tido uma
adesão exponencial em relação aos restantes por parte das visitas, estando actualmente
a dominar os posts mais vistos desta
página taurina da internet. Em suma, questionamos. Terá a Ilha Terceira, uma grande
afición ao toiro bravo, movida em grande parte pelo animal, em que este, quase
se poderia afirmar como um padroeiro para os terceirenses, sem ter em conta, as
questões religiosas inerentes ao culto do divino Espirito Santo, ou a paixão das
gentes da ilha Terceira pelos bovídeos bravos, é uma consequência de uma
relação social, estabelecida com a figura do ganadeiro e sua ganadaria?
Entendemos
que, a questão formulada, não tenta de modo algum, formular uma resposta, que,
caracterize a afición dos terceirenses de modo depreciativo, pois não é esse o
nosso objectivo. A questão, simplesmente, tenta trazer ao de cima a reflexão,
sobre o nosso modo de vida, e de, como os terceirenses compreendem a cultura
taurina.
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