Texto e fotografia: Pedro Correia
Após a saída à arena do toiro bravo, e depois de receber
os primeiros lances dos capotes do peão de brega, o cavaleiro coloca o toiro no
sítio mais apetecível. A colocação do toiro por parte do cavaleiro para a
cravagem dos ferros ou realização das sortes, por vezes é uma tarefa de grande
dificuldade, devido às complicações impostas pela rês brava.
Tendo em conta o estado do toiro, a brega, ou forma que o
cavalo apresenta para colocar o toiro, pode variar. Nos primeiros instantes da lide,
visto que, a rês brava está no estado levantado, e por isso, com uma mobilidade
de extrema intensidade, é necessário dar a garupa ao toiro, de modo o cavalo a
ter maior capacidade de suportar investidas mais irregulares e impetuosas. Por
sua vez, após a colocação de ferros compridos, ou rojões no caso do toureio a
cavalo em Espanha - “Rejoneio”, promove-se o decréscimo de mobilidade do toiro.
Nesse sentido, o uso da brega lateralizada resulta vistosa na colocação dos
toiros para a cravagem dos ferros.
Enquanto a brega com o toiro bravo embebido na garupa do
cavalo é uma característica do toureio a cavalo português, a brega lateralizada é um modo
muito utilizado pelos cavaleiros espanhóis - “Rejoneadores”. No entanto, esta
técnica de lateralizar a brega, em grande medida desenvolvida pelo cavaleiro português
João Moura, teve como grande promotor o “rejoneador” espanhol Pablo Hermoso de
Mendonza.
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