sábado, 20 de abril de 2013

Colocar a Cavalo

 

 

Texto e fotografia: Pedro Correia

 
Após a saída à arena do toiro bravo, e depois de receber os primeiros lances dos capotes do peão de brega, o cavaleiro coloca o toiro no sítio mais apetecível. A colocação do toiro por parte do cavaleiro para a cravagem dos ferros ou realização das sortes, por vezes é uma tarefa de grande dificuldade, devido às complicações impostas pela rês brava.

 

Tendo em conta o estado do toiro, a brega, ou forma que o cavalo apresenta para colocar o toiro, pode variar. Nos primeiros instantes da lide, visto que, a rês brava está no estado levantado, e por isso, com uma mobilidade de extrema intensidade, é necessário dar a garupa ao toiro, de modo o cavalo a ter maior capacidade de suportar investidas mais irregulares e impetuosas. Por sua vez, após a colocação de ferros compridos, ou rojões no caso do toureio a cavalo em Espanha - “Rejoneio”, promove-se o decréscimo de mobilidade do toiro. Nesse sentido, o uso da brega lateralizada resulta vistosa na colocação dos toiros para a cravagem dos ferros.

 


Enquanto a brega com o toiro bravo embebido na garupa do cavalo é uma característica do toureio a cavalo português, a brega lateralizada é um modo muito utilizado pelos cavaleiros espanhóis - “Rejoneadores”. No entanto, esta técnica de lateralizar a brega, em grande medida desenvolvida pelo cavaleiro português João Moura, teve como grande promotor o “rejoneador” espanhol Pablo Hermoso de Mendonza.


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