Texto e
fotografia: Pedro Correia
Vezes sem
conta, a palavra cite surge na tauromaquia, já que o seu significado está
relacionado com o acto de chamar o toiro, de modo a que este possa investir. No
entanto, aquilo que parece ser uma simples acção, e que no toureio a cavalo parece
ficar um pouco esquecido da assistência, tem alguns aspectos que devem ser
levados em consideração e que não merecem ser desvirtuados.
Refere
Sommer D’Andrade que o cavaleiro fazer-se ver pelo toiro através do cite,
prendendo a atenção da rês e mostrando que não o deseja surpreender. Abordagens
apanhem os toiros de surpresa, devem ser entendidas como falta de confiança ou
medo por parte dos ginetes.
O cite, que
pode e deve ser feito com graça leveza, de modo a entreter o público, não deve
conter grandes habilidades por parte com a montada se o toiro não estiver
atento ao cavalo, quando este parte na sua direcção. Caso contrário, “não passa
de teatro sem valor tauromáquico”, assim nomeia Sommer D’Andrade (1991). “É uma
mentira!”. Considera o mesmo autor.
Segundo
Sommer D’Andrade (1991), o cite pode-se realizar parado ou em movimento, de
largo ou em curto. Refere que, no cite em movimento, deve o cavalo avançar, muito
lentamente se o toiro for "suave" ou mais ligeiro no caso de o toiro
ser "duro". Se o toiro demorar a corresponder ao cite, isto é, quando
o toiro é "tardo", o cavaleiro deve aproximar-se, contender em curto,
para provocar a investida.
Bibliografia:
- Sommer D’Andrade, F. (1991). O toureio equestre em Portugal. Quetzal. 156 pp.
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