segunda-feira, 1 de abril de 2013

O Cite a Cavalo

 


Texto e fotografia: Pedro Correia

 
Vezes sem conta, a palavra cite surge na tauromaquia, já que o seu significado está relacionado com o acto de chamar o toiro, de modo a que este possa investir. No entanto, aquilo que parece ser uma simples acção, e que no toureio a cavalo parece ficar um pouco esquecido da assistência, tem alguns aspectos que devem ser levados em consideração e que não merecem ser desvirtuados.

 


Refere Sommer D’Andrade que o cavaleiro fazer-se ver pelo toiro através do cite, prendendo a atenção da rês e mostrando que não o deseja surpreender. Abordagens apanhem os toiros de surpresa, devem ser entendidas como falta de confiança ou medo por parte dos ginetes.

 


O cite, que pode e deve ser feito com graça leveza, de modo a entreter o público, não deve conter grandes habilidades por parte com a montada se o toiro não estiver atento ao cavalo, quando este parte na sua direcção. Caso contrário, “não passa de teatro sem valor tauromáquico”, assim nomeia Sommer D’Andrade (1991). “É uma mentira!”. Considera o mesmo autor.

 

Segundo Sommer D’Andrade (1991), o cite pode-se realizar parado ou em movimento, de largo ou em curto. Refere que, no cite em movimento, deve o cavalo avançar, muito lentamente se o toiro for "suave" ou mais ligeiro no caso de o toiro ser "duro". Se o toiro demorar a corresponder ao cite, isto é, quando o toiro é "tardo", o cavaleiro deve aproximar-se, contender em curto, para provocar a investida.

 

 

Bibliografia:

 

  • Sommer D’Andrade, F. (1991). O toureio equestre em Portugal. Quetzal. 156 pp.


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