Texto e fotografia: Pedro Correia
À semelhança às corridas de toiros, nas touradas à corda
os toiros também são avaliados pela bravura que apresentam. Contudo, como
limitação à expressão de bravura dos animais, está a condição física dos
mesmos, que deve estar íntegra, para que os toiros possam responder
positivamente aos estímulos, se forem realmente bravos.
Estudos desenvolvidos por Arellano (1997), e Griné, Grave
e Silva (2002),citados por Griné (2004) demonstraram que durante lides em praça
de 14,52 e 12,16 minutos, o tempo em que o animal se deslocava durante toda a
lide não superava os 3,91 minutos. Estes resultados sugerem que os tempos em
que o toiro está em movimento (passo, trote ou galope/ corrida), são reduzidos,
podendo-se prever que este animal não tem grande capacidade de tolerar esforço
físico com longos períodos de tempo
Embora nas touradas à corda não existam percas de sangue,
há outras condições específicas deste evento que podem limitar as condições
físicas dos animais em grande medida, tais como: O uso da corda pelos pastores,
a acção dos capinhas, o deslocamento do animal quase constante do toiro sobre
asfalto, muitas vezes a velocidades consideráveis com paragens bruscas que muitas
vezes levam à deterioração dos cascos, tempos de permanência no arraial superiores
a 15 minutos, o tipo de arraial, entre outros aspectos.
Todas estas condições e outras que requerem reflexão, são
importantes para levar em consideração durante a construção de legislações
aplicadas às touradas à corda. No entanto, em igual ponto de importância, são
aspectos fundamentais que os intervenientes da tourada à corda devem ter em
atenção, durante a sua actuação na tourada, ou em qualquer comentário sobre as
qualidades ou defeitos de um toiro.
Bibliografia:
- Griné, N. A. (2004). Investigação - As limitações do toiro para a realização de um esforço físico intenso. Revista Novo Burladero, nº 185 – 44.
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