Dia 1 de Maio foi o dia do
regresso das típicas touradas à corda. No Dia do Trabalhador também houve a
exposição dos tradicionais bonecos de pano, embora menos que em épocas
passadas. Os Maios representam sempre cenas do quotidiano terceirense e por
vezes entram na tourada, ajudando o capinha a atiçar o touro.
Apesar do tempo estar
agradável ainda não fui a nenhuma tourada este ano de 2013. Mas sou uma grande
aficionada de touradas e vacadas. Em anos passados já assisti a mais de 40
corridas por ano, nos dois concelhos, como foi o caso dos anos 2006 e 2007. Começava
em Maio e só terminava em Outubro, muitas vezes no dia 15. Nos últimos anos tenho
baixado a minha presença nestas festas devido à falta de tempo e de companhia,
mas tento ir às melhores.
O ano passado, por exemplo,
fui à festa do Emigrante e à tourada na Vila de São Sebastião, fazendo parte da
excursão, também passei o dia no Porto dos Biscoitos e lá tirei esta foto.
À anos atrás quase acampei
na mata da Serreta na segunda-feira, estive lá de manhã até à noite. Também já
assisti aos touros no Areal da Praia. Das touradas e vacadas da minha Vila das
Lajes não costumo perder quase nenhuma, só se chover muito.
Aqueles
aficionados que têm tempo de sobra vão até ao mato pelas 10 horas da manhã
diversas vezes por ano, dependendo do ganadeiro. Eu normalmente vou pouco, pois
falta-me transporte e disponibilidade. Quando vejo o touro muitas vezes já são
cerca das 18 horas e já está no arraial.
São tão ledas as tardes de
fim de primavera, verão e início de outono! Desde criança que adoro estas
festas de rua, este burburinho do povo e dos pregões, que dão outro sabor à
tourada. Há constantemente folia e a tasca enche-se de muitas iguarias.
Uma tourada ou bezerrada é
sempre uma tarde bem passada onde se vê gente conhecida, se conversa, se
namora, se petisca, se descansa, se respira ar puro e se inspira para poetizar.
Estou muito grata por ter nascido nesse pedaço do arquipélago açoriano!
Adoro todos os ganadeiros, e
agora aparecem cada vez mais, cada um tem touros especiais, mesmo que não façam
muita algazarra, é muito bom ver os animais a correr de um lado para o outro no
caminho, eles gostam de ver gente e de estar num lugar diferente. O touro faz
sempre alguma coisa, mesmo que não olhe para o palanque em que eu estou. Embora,
por perto, haja gritos e caidelas nos palanques nunca me aconteceu nada. Aprecio
muito o trabalho dos capinhas, são uns artistas, uns profissionais na arte de
capear e brincar com o touro.
Estes cinco meses e meio de
touradas à corda prometem muita animação. Não há terra como a Ilha Terceira,
pois é nessa ocasião que os turistas aparecem mais e é raríssimo que não pisem
tal festa.
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