segunda-feira, 17 de junho de 2013

Reencontros – O Toiro 118 de João Gaspar





 

Texto e fotografia: Pedro Correia

 

Desde 2010 que tem-se visto com regularidade na ilha Terceira toiros com o mínimo de quatro anos a correr nas corridas de toiros, aspecto fundamental para o incremento de seriedade e qualidade dos espectáculos taurinos da ilha. Este é um resultado de trabalho árduo de quem organiza as corridas de toiros na ilha e também dos ganadeiros, que por vezes, estão sujeitos a que os seus animais permaneçam mais um ano no campo, constituindo assim grandes riscos económicos.

 

 

Nos tempos em que os toiros eram corridos com três anos de idade, os ganadeiros evitavam ficar com toiros no campo por mais um ano, devido aos custos inerentes a essa estadia imprevista. No entanto, agora que os ganadeiros lidam os seus produtos com quatro anos de idade, podem arriscar-se a ficar com algum animal no campo, sendo lidado com 5 ou até 6 anos de idade, o que, tendo em conta a realidade das ganadarias açorianas, torna-se um risco elevado, dadas as suas condições.

 

 

Exemplo dessa situação é o caso do toiro número 118 da ganadaria de João Gaspar. Nas vésperas das festas Sanjoaninas 2012, desloquei-me às ganadarias que lidam na praça de toiros da ilha Terceira, durante a Feira Taurina de São João para fotografar os curros das ganadarias insulares. Na ganadaria João Gaspar, um lote de toiros, à primeira vista, com uma apresentação irrepreensível. No meio deles um dos toiros mais imponentes da camada, o numero 118, que, já fazia parte dos outdoors que publicitam as corridas de toiros das Sanjoaninas do ano transacto. Captei uma série de fotografias deste animal (já publicadas em Toiros & Açores) que demonstram a seriedade e imponência do toiro 118 de JG.

 

 

No decorrer da época 2012, o toiro foi ficando para trás, até que, acabou por ficar no campo por mais um ano. Um ano que, por qualquer motivo (doença, lutas, ou outros motivos), poderia por em causa, quase cinco anos de trabalho investidos neste animal, ficando o seu proprietário, sujeitos a um elevado risco.

 

 

Com o aproximar das Sanjoaninas 2013, mais uma deslocação às ganadarias da ilha Terceira para captar as imagens dos toiros, e na ganadaria de João Gaspar, lá estava novamente o imponente 118. Este ano com melhores condições atmosféricas, viu-se esta estampa de animal, dignificando as duas belezas que são o toiro bravo e a paisagem dos Açores.

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