A
criação do toiro bravo foi, e, ainda é, um mistério devido às particularidades
inerentes à selecção da bravura do toiro. Para além disso, o trabalho
desenvolvido pelos ganadeiros em busca da bravura, assim como, da criação de um
património genético que constituem os encastes e a raça Brava de Lide no seu
todo, constituem um património cultural de incalculável valor, e que é
fundamental para o trabalho dos ganadeiros do seculo XXI. Assim o demonstra o
ganadeiro Joaquim Grave:
“Cada vez mais o toiro é um
ser artificial criado pelo homem; ele representa a natureza mas é cultura pura,
a bravura tal como hoje a conhecemos e definimos, é o trabalho que o homem fez
com a agressividade natural do toiro e, como tal, deve ser o homem a moldá-la à
sua vontade; mas para que isto aconteça, deve ir ao seu encontro, deve ter
iniciativa, deve ser ele a escolher os encastes que quer ver plasmados no seu
toiro; conhecer, procurar inculcar goterones deste ou daquele encaste que têm
os comportamentos desejados; no caso de manejar um encaste puro deve espremer
os melhores indivíduos até à exaustão e retirar-lhes aquilo que é a essência do
seu comportamento para fixar no seu produto acabado. Para isto existem hoje
ferramentas científicas que ontem não possuíamos.”
Citação do médico veterinário Dr.
Joaquim Grave em: Grave,
J. (2011). Ser ganadero no Século XXI. Revista Novo Burladero nº266:24.
Bibliografia:
Grave, J. (2011). Ser
ganadero no Século XXI. Revista Novo Burladero nº266:24.
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