Texto e fotografia: Pedro Correia
Com olhar castanho, tal como a cor das gaiolas onde
resguarda os seus toiros, o ganadeiro e pastor José Manuel Rodrigues guarda a
alma do trabalho atrás de um sorriso depois de uma agradável tourada à corda.
Este olhar de satisfação que alberga o cansaço do seu trabalho diário em fainas
de campo e em outros afazeres agrícolas, reflecte na perfeição as palavras de
Martins do Carmo já citadas em Toiros & Açores por Correia (2012).
“A Tourada à Corda é
uma sequência logica do amanho da terra, é a transposição da faina agrícola
para o lazer da diversão.
O elemento com que o
homem fatiga o corpo para comer o pão, com o suor do seu rosto, é o mesmo com
que retempera as forças para o trabalho do dia seguinte. O boi torna-se o seu
totem do quotidiano. No estado de submissão é um óptimo companheiro para arrotear
os campos, lavrar as terras, ajudar nas sementeiras, recolher as provisões,
transportar utensílios e pessoas, e nas horas de repouso, é brinquedo de
querida diversão, na Tourada à Corda. Mas é sempre o mesmo boi que o homem do
campo ama profundamente, e mantém preciosamente, a seu lado, no trabalho, nos
sonhos, nas preocupações e nas festas.”.
Citação de Martins do Carmo, em revista Festa na Ilha, nº
6 do ano de 2002, em “Tourada à Corda … Para além do fenómeno.”
Bibliografia:
Correia P., (2012). No Lúdico e no Laboral... Toiros
& Açores, Disponível em: http://toiroseacores.blogspot.pt/2012/12/no-ludico-e-no-laboral.html.
Consulta efectuada a 13 de Novembro de 2013.
Do Carmo, M. (2002).
Tourada à Corda … Para além do fenómeno. Revista Festa na Ilha, nº 6:46.
O melhor pastor da ilha terceira quer no mato e sem duvidas no caminho. Mestre a trabalhar a corda pastor a moda antiga forca po pessoal ER .
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