Texto:
Pedro Correia
Fotografia:
Cedida por James Rocha
O
Arquipélago dos Açores, conotado, desde a sua descoberta, com processos migratórios,
tem sido, ao longo dos séculos, porto de saída de milhares de açorianos que partiram
rumo a vários continentes, sendo os destinos de maior preferência o Brasil, EUA,
Bermuda e Canadá (Rocha et al.,
2011).
Com
as gentes açorianas emigraram também as suas vivências e cultos. Festas do
espirito santo, carnaval, touradas, bailes de roda, folclore, etc., ganharam expressão
em novos mundos através das comunidades lusas. O enraizamento no novo espaço de
acolhimento fez com que filhos e netos continuassem os ritos dos seus
ascendentes.
O
surgimento da tauromaquia e em particular de grupos de forcados espalhados por terras
das Américas do norte que se constituíram a partir de açorianos e seus descendentes
directos, são exemplo perfeito de enraizamento cultural dos Açores. Essa
continuidade de transmissão de valores dá-se num processo cíclico, onde as próximas
gerações absorvem o gosto e cultos dos seus ascendentes. Em sintonia e na tentativa
deste escrito ganhar outra objectividade, vem uma fotografia associada do
forcado James Rocha do grupo do Aposento de Turlock, descendente de açorianos
com o seu filho nativo nos Estados Unidos da América, vestido a rigor com a sua
jaqueta de forcado.
Bibliografia:
Rocha,
G.P.N., Ferreira, E., Mendes, D. (2011). Entre Dois Mundos. Emigração e
Regresso aos Açores. Secretário Regional da Presidência Direcção Regional das
Comunidades. 248 pp.
Nenhum comentário:
Postar um comentário