Texto e fotografia: Pedro Correia
A pelagem á o conjunto de pêlos que reveste o corpo dos
mamíferos e que protege a pele da acção directa dos agentes externos. A pelagem
pode apresentar uma uniformidade por todo o corpo do animal ou mostrar
irregularidades a que se dão o nome de acidentes (Cid, 2001).
A coloração geral ou tipo de pelagem pode ser
influenciada pela época do ano, estado de saúde do animal, idade, alimentação,
clima e pelo sexo (em alguns casos, os machos podem apresentar pelagens mais
vistosas que as fêmeas) (Cid, 2001).
Segundo Cid (2001), na espécie bovina, a pelagem é quase
sempre, um carácter determinante da raça. Neste tema, a raça brava de lide
reúne a particularidade apresentar grande diversidade de cores. Não obstante,
certos tipos de pelagem estão relacionados com as características de alguns
encastes da raça Brava de Lide. São exemplos a pelagem salgada, ou cárdena na
terminologia espanhola, nos encastes de Saltillo, Santa Coloma, ou Pablo
Romero, as pelagens negra e flava (colorada) na grande maioria dos encastes
derivados da Casta Vistahermosa, os malhados (berrendos) no encaste de Veja
Villar, ou como nos encastes de Veragua, Miura ou Concha y Sierra, a
caracterizados por uma grande diversidade de pelagens (Montesinos, 2002).
Para explicar a diversidade de cores da raça brava podem
ser colocadas duas possíveis influências:
1- Origem em diferentes populações de gado distintas,
denominadas na tauromaquia por Castas Fundadoras (Castas Fundacionales), dispersas por todo o território ibérico;
2- Selecção baseada em caracteres comportamentais e aspectos
morfológicos relacionados com o melhoramento do desempenho físico (caracteres morfo-funcionais)
para a lide, sendo que a pelagem não influencia as capacidades físicas de um
animal (Cortés et al., 2008).
Bibliografia:
Cid, P. S. (2001). O Exterior dos Bovinos das Raças
Autóctones. Edições Garrido.
Cortés O, Tupac-Yupanqui I, Dunner S, García-Atance MA,
García D, Fernández J and Cañón J (2008). Ancestral matrilineages and
mitochondrial DNA diversity of the Lidia cattle breed. Anim Genet 39 :
649-954
Montesinos, A. (2002).
Prototipos Raciales del Toro de Lidia. Ed. Ministerio de Agricultura, Pesca y
Alimentación, Madrid.45-90 pp
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