segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Porque é que o toiro bravo reúne uma grande diversidade de pelagens?




 

Texto e fotografia: Pedro Correia

 

A pelagem á o conjunto de pêlos que reveste o corpo dos mamíferos e que protege a pele da acção directa dos agentes externos. A pelagem pode apresentar uma uniformidade por todo o corpo do animal ou mostrar irregularidades a que se dão o nome de acidentes (Cid, 2001).

 

 

A coloração geral ou tipo de pelagem pode ser influenciada pela época do ano, estado de saúde do animal, idade, alimentação, clima e pelo sexo (em alguns casos, os machos podem apresentar pelagens mais vistosas que as fêmeas) (Cid, 2001).

 

 

Segundo Cid (2001), na espécie bovina, a pelagem é quase sempre, um carácter determinante da raça. Neste tema, a raça brava de lide reúne a particularidade apresentar grande diversidade de cores. Não obstante, certos tipos de pelagem estão relacionados com as características de alguns encastes da raça Brava de Lide. São exemplos a pelagem salgada, ou cárdena na terminologia espanhola, nos encastes de Saltillo, Santa Coloma, ou Pablo Romero, as pelagens negra e flava (colorada) na grande maioria dos encastes derivados da Casta Vistahermosa, os malhados (berrendos) no encaste de Veja Villar, ou como nos encastes de Veragua, Miura ou Concha y Sierra, a caracterizados por uma grande diversidade de pelagens (Montesinos, 2002).

 

 

Para explicar a diversidade de cores da raça brava podem ser colocadas duas possíveis influências:

1-    Origem em diferentes populações de gado distintas, denominadas na tauromaquia por Castas Fundadoras (Castas Fundacionales), dispersas por todo o território ibérico;

2-    Selecção baseada em caracteres comportamentais e aspectos morfológicos relacionados com o melhoramento do desempenho físico (caracteres morfo-funcionais) para a lide, sendo que a pelagem não influencia as capacidades físicas de um animal (Cortés et al., 2008).

 

 

 

Bibliografia:

 

Cid, P. S. (2001). O Exterior dos Bovinos das Raças Autóctones. Edições Garrido.
 

Cortés O, Tupac-Yupanqui I, Dunner S, García-Atance MA, García D, Fernández J and Cañón J (2008). Ancestral matrilineages and mitochondrial DNA diversity of the Lidia cattle breed. Anim Genet 39 : 649-954

 

Montesinos, A. (2002). Prototipos Raciales del Toro de Lidia. Ed. Ministerio de Agricultura, Pesca y Alimentación, Madrid.45-90 pp

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