Hoje, dia 31 de Dezembro, coloco à disposição dos
visitantes deste blog, um tema polémico, a importância da sorte de varas, como
sustentabilidade da raça brava/ toiro de lide. Este é talvez o dia que mais
aproxima o passado do futuro. Poderíamos datar de forma precisa, o momento em
que tirei esta fotografia. No entanto, esta imagem, perde-se no tempo, porque
percorre toda a existência da raça brava de lide, como método de medição da
acometividade.
A acometividade é a característica básica, para o
desempenho da função/ aptidão, que identifica e dá razão da existência do toiro
de lide, a corrida de toiros.
A designação de raça, pretende identificar um grupo
de indivíduos de uma espécie com características próprias, apto a executar uma
determinada função específica. Em conjunto, não é possível esquecer a selecção,
como factor evolutivo dos animais, para o desempenho da dita, função.
Poderíamos dizer que, a função, é o motivo da existência de uma raça,
desenvolvida por selecção.
A tenta é o processo de teste dos futuros
reprodutores da raça brava, que ao longo dos tempos, foi alvo de evolução. Ao
longo destes anos, nunca foi banalizado o carácter comum do toiro de lide, em
qualquer tipo de festejo taurino, a acometividade através da sorte de varas.
Parece-me correcto, afirmar que, a sorte de varas desempenha um papel
fundamental na raça brava.
Julgo que actualmente, esta sorte carece de falta de
conhecimento, por parte do público. Penso que, as tendências do toureio
contemporâneo, bem como, a urbanização dos próprios espectadores das corridas
de toiros, tem contribuído para uma degeneração desta sorte.
Vejo nesta sorte fundamental da corrida de toiros,
enorme potencial, nomeadamente para fazer luzir o elemento comum e central da
tauromaquia, o toiro. Penso que, uma abordagem diferente a este tércio, por
parte de todos os elementos da festa, seria importante para destacar a sua
essência.
Quando este tema vem ao debate público, vejo muitos
aspectos de extrema importância esquecidos, ou a forma como tentam banalizar
esta sorte analisando a, como um acto isolado.
Sei que, este texto suscita dúvidas, questões e
comentários, mas duvido, que não levante curiosidade, para a compreensão do
tema. Contudo, a mensagem que gostaria de passar, resume-se à diferença entre a
fotografia e imagem aqui exibida. Pois enquanto a fotografia, é possível
localizar no tempo de forma precisa, a imagem reflecte todo um passado
(origem), um passado e presente (desenvolvimento), e a junção do presente com o
futuro (sustentabilidade) do toiro de lide, enquanto raça. Sendo por isso, indispensável
o uso da sorte de varas, desde as tentas, à corrida de toiros.
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