sábado, 31 de dezembro de 2011

Varas de Sustentabilidade




Hoje, dia 31 de Dezembro, coloco à disposição dos visitantes deste blog, um tema polémico, a importância da sorte de varas, como sustentabilidade da raça brava/ toiro de lide. Este é talvez o dia que mais aproxima o passado do futuro. Poderíamos datar de forma precisa, o momento em que tirei esta fotografia. No entanto, esta imagem, perde-se no tempo, porque percorre toda a existência da raça brava de lide, como método de medição da acometividade.

A acometividade é a característica básica, para o desempenho da função/ aptidão, que identifica e dá razão da existência do toiro de lide, a corrida de toiros.

A designação de raça, pretende identificar um grupo de indivíduos de uma espécie com características próprias, apto a executar uma determinada função específica. Em conjunto, não é possível esquecer a selecção, como factor evolutivo dos animais, para o desempenho da dita, função. Poderíamos dizer que, a função, é o motivo da existência de uma raça, desenvolvida por selecção.

A tenta é o processo de teste dos futuros reprodutores da raça brava, que ao longo dos tempos, foi alvo de evolução. Ao longo destes anos, nunca foi banalizado o carácter comum do toiro de lide, em qualquer tipo de festejo taurino, a acometividade através da sorte de varas. Parece-me correcto, afirmar que, a sorte de varas desempenha um papel fundamental na raça brava.

Julgo que actualmente, esta sorte carece de falta de conhecimento, por parte do público. Penso que, as tendências do toureio contemporâneo, bem como, a urbanização dos próprios espectadores das corridas de toiros, tem contribuído para uma degeneração desta sorte.

Vejo nesta sorte fundamental da corrida de toiros, enorme potencial, nomeadamente para fazer luzir o elemento comum e central da tauromaquia, o toiro. Penso que, uma abordagem diferente a este tércio, por parte de todos os elementos da festa, seria importante para destacar a sua essência.

Quando este tema vem ao debate público, vejo muitos aspectos de extrema importância esquecidos, ou a forma como tentam banalizar esta sorte analisando a, como um acto isolado.

Sei que, este texto suscita dúvidas, questões e comentários, mas duvido, que não levante curiosidade, para a compreensão do tema. Contudo, a mensagem que gostaria de passar, resume-se à diferença entre a fotografia e imagem aqui exibida. Pois enquanto a fotografia, é possível localizar no tempo de forma precisa, a imagem reflecte todo um passado (origem), um passado e presente (desenvolvimento), e a junção do presente com o futuro (sustentabilidade) do toiro de lide, enquanto raça. Sendo por isso, indispensável o uso da sorte de varas, desde as tentas, à corrida de toiros.


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