Texto e fotografia: Pedro Correia
Vila Franca de Xira, é sem dúvida alguma, uma das
mais emblemáticas cidades portuguesas com tradições taurinas bem arreigadas. Bem
conhecida pelas suas largadas das festas do Colete Encarnado ou das festas de
Outono, Vila Franca de Xira é conhecida por muitos aficionados, como a Sevilha
Portuguesa.
Paralela ao rio Tejo, a linha dos comboios que leva
massas de pessoas da capital ao norte de Portugal e vice-versa, está ladeada pela
Praça de Toiros de Vila Franca de Xira, saltando à vista de aficionados que
viajam pelas linhas ferroviárias, quando passam nesta cidade. A Palha Blanco,
como designam a praça de toiros de Vila Franca de Xira, está recheada de
momentos históricos da tauromaquia portuguesa, nomeadamente corridas com lides a
pé onde se executaram a sorte suprema (sorte de estoquear o toiro). Exemplo disso,
foi a corrida de 7 Maio de 1977, em que José Júlio, Rayito da Venezuela e
António de Portugal estoquearam seis toiros de diferentes ganadarias (Palha,
António José Teixeira, Pinto Barreiros, Oliveira Irmãos, Sociedade Agrícola de
Santo Estêvão e Tomaz da Costa). Fotografias desta corrida da autoria de
Carvalho Dias, podem ser vistas na rede social do Facebook da página Portugal
Pro Touros de Morte, acedendo ao link http://www.facebook.com/media/set/?set=a.466435036742245.124788.445918455460570&type=1.
Descendo do comboio e saindo da estação ferroviária,
deparamo-nos com o monumento dos toureiros, pois são vários os que tem afinidade
com esta cidade, nomeadamente José Falcão, José Júlio, Mário Coelho e Vítor
Mendes. Percorrendo as bonitas e tauriníssimas ruelas de Vila Franca pelo lado
esquerdo quem sai da estação de comboios, encontramos um bonito monumento de um campino montando a cavalo escapando à investida impetuosa de um toiro. Continuando a caminhada, chega-se à Palha Blanco, praça de toiros onde
entram corridas sérias, toureiros dispostos e público aficionado, e exigente. Rapidamente,
os forasteiros que por ali passam, deparam-se, com um toiro no alto da praça,
como que os avisando, que naquele edifício quem manda, é o toiro!
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