Texto e
fotografia: Pedro Correia
Actualmente as
ganadarias bravas são apontadas como um sistema agro-pecuário com grandes
potencialidades de conservação de ecossistemas típicos de determinadas regiões,
tais como o montado, a dehesa, etc.
Na ilha Terceira
as reses bravas pastam no interior da ilha e nas zonas mais altas, zonas
conhecidas pelos civis locais como “Mato”. As zonas de pastoreio podem ser
pastagens naturais, matos, ou pastagens semi-naturais (Ázera, 2000).
A grande maioria
das ganadarias bravas terceirenses está situada dentro do Sitio de Interesse
Comunitário (SIC) Serra de Santa Bárbara – Pico Alto. Esta zona, representa uma
das maiores concentrações de elementos valiosos do património natural tanto num
enquadramento regional, atendendo por exemplo ao número de endemismos ou
espécies raras, como o nacional ou europeu com formações húmidas de turfeiras
florestadas de Juniperus brevifolia, turfeiras de sphagnum, bem como Floresta Laurifólia,
entre outras. É também uma zona que engloba áreas protegidas, como a Reserva
Natural Geológica do Algar do Carvão, Biscoito da Ferraria, Serra de Santa
Barbara e do Mistério Negro da Serra, com pastagens e matas de Criptoméria japónica e onde existe uma planta endémica com poucos exemplares Marsilea azorica (Direcção Regional do
Ambiente dos Açores, 2004).
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Bibliografia:
- Ázera, S. C. R. (2000) – Ecologia das plantas espontâneas nas pastagens da zona nordeste da Ilha Terceira. Trabalho de Fim de Curso para obtenção da licenciatura em Engenharia Agrícola. Universidade dos Açores, Angra do Heroísmo. Ciclostilado, 222 pp.
- Direcção Regional do Ambiente dos Açores (2004). Plano Sectorial da Rede Natura, Angra do Heroismo. Ciclostilado, 150 pp.
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