quinta-feira, 14 de março de 2013

Entre Continentes Taurinos




 

Texto e fotografia: Pedro Correia

 

A tourada é uma manifestação cultural que está introduzida em países europeus e americanos. Contudo, estes eventos festivos adquirem particularidades de acordo com os locais onde se realizam. À semelhança das diferenças existentes nas touradas, o mesmo ocorre na criação do toiro bravo, que adquire variações de acordo com as distintas regiões onde se pratica.

 

 

Embora existam diferenças significativas entre as manifestações e formas de viver a cultura taurina nos locais onde ela é bem vincada, a sua origem é comum, como podemos depreender na citação que apresentamos abaixo de Dos Santos (2012).

 

 

“Em Portugal, foi nas lezírias do Ribatejo e posteriormente nos montados de sobro e azinho do Alentejo e Ribatejo. Em Espanha, as suas principais regiões de criação passaram a ser as marismas da Andaluzia (equivalentes às nossas lezírias) e as dehesas (equivalentes aos nossos montados) das serras andaluzas e das regiões de Salamanca e Extremadura. No sul de França também se desenvolveu a criação dum toiro com características muito especiais, na região da Camarga, num habitat com muitas semelhanças às lezírias e marismas. E também devemos referir que a criação do toiro de lide foi levada pelos espanhóis à América, nomeadamente ao México, Colômbia, Equador, Perú e Venezuela e pelos portugueses aos Açores (Ilha Terceira).”

 

 

Enquanto açorianos, no meio do atlântico e “no centro do mundo”, onde chegou o legado das culturas taurinas vindo da Europa, e onde foi alterado pela genuinidade dos insulares, quer na tourada à corda, quer na criação do toiro bravo, deve haver um respeito e tentativa de compreensão pelas culturas taurinas de outras regiões do globo, por parte das gentes dos Açores.

 

 

Bibliografia:

 

 

  • Dos Santos, M. J. (2012). Toiros, Ambiente e Bem-estar animal (II). Novo Burladero, nº284:20.

 

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