Texto
e fotografia: Pedro Correia
A
tourada é uma manifestação cultural que está introduzida em países europeus e
americanos. Contudo, estes eventos festivos adquirem particularidades de acordo
com os locais onde se realizam. À semelhança das diferenças existentes nas
touradas, o mesmo ocorre na criação do toiro bravo, que adquire variações de
acordo com as distintas regiões onde se pratica.
Embora
existam diferenças significativas entre as manifestações e formas de viver a
cultura taurina nos locais onde ela é bem vincada, a sua origem é comum, como
podemos depreender na citação que apresentamos abaixo de Dos Santos (2012).
“Em Portugal, foi nas lezírias do
Ribatejo e posteriormente nos montados de sobro e azinho do Alentejo e
Ribatejo. Em Espanha, as suas principais regiões de criação passaram a ser as marismas
da Andaluzia (equivalentes às nossas lezírias) e as dehesas (equivalentes aos
nossos montados) das serras andaluzas e das regiões de Salamanca e Extremadura.
No sul de França também se desenvolveu a criação dum toiro com características
muito especiais, na região da Camarga, num habitat com muitas semelhanças às
lezírias e marismas. E também devemos referir que a criação do toiro de lide
foi levada pelos espanhóis à América, nomeadamente ao México, Colômbia,
Equador, Perú e Venezuela e pelos portugueses aos Açores (Ilha Terceira).”
Enquanto
açorianos, no meio do atlântico e “no centro do mundo”, onde chegou o legado
das culturas taurinas vindo da Europa, e onde foi alterado pela genuinidade dos
insulares, quer na tourada à corda, quer na criação do toiro bravo, deve haver
um respeito e tentativa de compreensão pelas culturas taurinas de outras regiões
do globo, por parte das gentes dos Açores.
Bibliografia:
- Dos Santos, M. J. (2012). Toiros, Ambiente e Bem-estar animal (II). Novo Burladero, nº284:20.
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