Texto e fotografia: Pedro
Correia
Com alguma frequência, surge
a questão entre os mais curiosos, se as reses bravas vêm a cores ou a preto e
branco. Antes de mais, as reses bravas não deixam de ser bovinos e por isso
apresentam semelhanças fisiológicas em relação aos indivíduos de outras raças.
Mendes (2012), numa exposição
sobre as particularidades da visão do toiro bravo na revista taurina Novo
Burladero, refere que os toiros devem ter a capacidade de ver cores, devido à
presença dos fotorreceptores da visão que são responsáveis pela visão cromática,
e que se designam por cones. Contudo, ao contrário da espécie Humana que possui
três tipos de cones, os bovinos apenas possuem dois tipos destes fotorreceptores,
que são responsáveis pela visão das cores primárias, azul e verde amarelado,
bem como, das colorações secundárias que resultam da mistura que resultam das
primeiras.
Embora o toiro consiga ver a
cores e a sua visão cromática seja mais facilitada durante o dia, devido à
sensibilidade que os cones tem à luz, porque são activos pela visão diurna (regime
fotóptico), a sua capacidade de ver à noite (regime escotópico) e detectar
movimentos através da vista é muito superior. A qualidade de boa visão em
ambientes escuros deve-se à grande presença de fotorreceptores chamados bastonetes,
que existem na visão dos bovinos em grande percentagem - 80-90% (Mendes, 2012).
Em
síntese:
Os toiros conseguem
distinguir as cores primárias azul e verde amarelado, bem como, colorações resultantes
da mistura das primeiras pela presença de dois tipos de cones. No entanto, os
fotorreceptores mais abundantes na visão das reses são os bastonetes que fazem
com que o toiro tenha uma grande capacidade de ver de noite e seja muito sensível
aos movimentos.
Bibliografia:
Mendes, L. M. (2012). Particularidades
da visão no toiro I. Novo Burladero, nº281:20-21
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