quarta-feira, 24 de abril de 2013

A Visão dos Bravos II – Cores e Movimentos



 

Texto e fotografia: Pedro Correia

 

Com alguma frequência, surge a questão entre os mais curiosos, se as reses bravas vêm a cores ou a preto e branco. Antes de mais, as reses bravas não deixam de ser bovinos e por isso apresentam semelhanças fisiológicas em relação aos indivíduos de outras raças.

 

 

Mendes (2012), numa exposição sobre as particularidades da visão do toiro bravo na revista taurina Novo Burladero, refere que os toiros devem ter a capacidade de ver cores, devido à presença dos fotorreceptores da visão que são responsáveis pela visão cromática, e que se designam por cones. Contudo, ao contrário da espécie Humana que possui três tipos de cones, os bovinos apenas possuem dois tipos destes fotorreceptores, que são responsáveis pela visão das cores primárias, azul e verde amarelado, bem como, das colorações secundárias que resultam da mistura que resultam das primeiras.

 

 

Embora o toiro consiga ver a cores e a sua visão cromática seja mais facilitada durante o dia, devido à sensibilidade que os cones tem à luz, porque são activos pela visão diurna (regime fotóptico), a sua capacidade de ver à noite (regime escotópico) e detectar movimentos através da vista é muito superior. A qualidade de boa visão em ambientes escuros deve-se à grande presença de fotorreceptores chamados bastonetes, que existem na visão dos bovinos em grande percentagem - 80-90% (Mendes, 2012).

 

 

Em síntese:

Os toiros conseguem distinguir as cores primárias azul e verde amarelado, bem como, colorações resultantes da mistura das primeiras pela presença de dois tipos de cones. No entanto, os fotorreceptores mais abundantes na visão das reses são os bastonetes que fazem com que o toiro tenha uma grande capacidade de ver de noite e seja muito sensível aos movimentos.

 

 

Bibliografia:

Mendes, L. M. (2012). Particularidades da visão no toiro I. Novo Burladero, nº281:20-21

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