Legenda
e fotografia: Pedro Correia
Qualquer
pessoa pode-se tornar capinha por instantes, desde que se afoite ao toiro numa
tourada à corda. É característica de um espectáculo taurino popular, o toiro
estar ao dispor de qualquer individuo que procura ter o seu momento de brio. No
entanto, o gosto de ir à cara dos toiros para dar “um passe” fica interiorizado
em alguns indivíduos de tal forma, que passam a ser presença assidua e de participação activa nas touradas à corda, ficando a ser conhecidos na sociedade
insular por capinhas.
Curiosos
são os trastes, ou vultos, que, os "toureiros do povo açoriano" empunham para capear quando não recortam os
toiros a corpo limpo. Um guarda-sol, um casaco, uma manta, ou até às vezes um simples
pedaço de papelão. Actualmente, os trastes dos capinhas já começam a ser forma de publicidade de algumas empresas. Exemplo disso, são as marcas da ERA, ou J. Aurora-Torneiro Mecânico Lda., esta última responsável por estas capas vistosas com as cores usuais dos capotes de toureio. Para o suporte da capa, o
guarda-sol, que também pode servir de engano ao toiro, se assim o capinha o
entender. Com estes trastes de carácter simples os capinhas fazem as alegrias
do povo nas touradas à corda.
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