Texto e fotografia: Pedro Correia
Decorria metade da primeira década do novo milénio quando
em estágio na Casa Agrícola José Albino Fernandes conheci o Sr. Chico da Vila. Para
um ignorante como eu na matéria de vivências daquela casa ganadeira, como é a
de JAF, a observação da presença assídua e pontual do Sr. Chico no Mato em cada
Sábado para tratar dos toiros e reunir-se com o seu grupo de amigos, fazia-me perceber
facilmente da sua imensa afición ao toiro e à ganadaria da qual colaborou desde
1988.
Embora que a sua afición fosse notória, não era o aspecto
que diferenciava o Sr. Chico da Vila dos restantes pastores, pois também eles
nutrem especial carinho pela festa e pela Casa Agrícola José Albino Fernandes. O
Sr. Chico da Vila diferenciava-se pelos seus modos correctos, pela sua simpatia
e alegria. Depois de conhecer este homem, a qualquer lugar que ia e o
encontrava, cumprimentava-me sempre com enorme sorriso estampado no rosto
sinónimo da sua boa disposição, alegria e entusiasmo constantes.
Era frequente encontrar o Sr. Chico da Vila com o “Martins”,
outro homem castiço que faz parte do grupo de amigos do conceituado ferro JAF. Infelizmente
na maioria das vezes eram encontros curtos de tempo, mas felizmente eram tão
alegres que são difíceis de esquecer. A cada tourada à corda de JAF que ia,
caminhava na esperança de encontrar estes dois homens para “beber” a alegria
dos seus rostos. Ontem recebia a noticia do seu óbito e no meio da infelicidade
recordo a ultima vez que vi e falei com este homem que já deixa saudade.
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