terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Rabejar Toiros por Simão Comenda





 Texto e fotografia: Pedro Correia

 

Na tauromaquia todas as acções têm, ou devem ter uma explicação. Na arte de pegar toiros a técnica de rabejar não fica indiferente ao dominio do homem sobre o animal, influenciando de forma significativa e fulcral o sucesso da pega. Em colóquio  datado de 15 de Janeiro de 1998 na capital do Ribatejo Santarém, o conceituado forcado Simão Comenda abordou a importância e sentido estético que o rabejador tem na arte lusitana de pegar toiros do seguinte modo:

 

“ (…) a propósito de rabejar toiros de caras há aspectos que tem a ver com o toureio a pé. Refiro-me à saída do toiro, à saída com domínio, com tranquilidade. Não é por acaso que um matador depois de lidar uma série, por exemplo de derechazos ou naturais, ao pressentir que o toiro o começa a rejeitar, castiga um pouco mais e se sente que o toiro o está mesmo a rejeitar faz um desplante, atirando com a muleta ou pondo-se de joelhos; ele percebe que o toiro o rejeita e só a partir daí se pode expor sem defesa. Essa é a técnica que o rabejador nos toiros de caras pode aproveitar. Ele ao ficar sozinho com o toiro, recebe-o por um dos lados, o toiro começa a perder velocidade, aparece-lhe pelo outro lado e quando o toiro perde mais velocidade ele entende que o toiro o está a rejeitar e também – tal como o matador – sai tranquilo, de costas viradas e sai com elegância e domínio.”

 

Comunicação de Simão Nunes Comenda no Colóquio “A Arte de Pegar Toiros”. Santarém, 15 de Janeiro de 1998 no Centro Cultural Regional de Santarém.

 

 

Bibliografia:

Comenda, S. N. (1998). Comunicação em colóquio: A Arte de Pegar Toiros. Santarém. Disponível em: http://comunidade.sol.pt/blogs/partebilhas/archive/2011/08/06/Rabejar-com-eleg_E200_ncia-e-dom_ED00_nio.aspx. Por Manuel Peralta a 6 de Agosto de 2011. Consulta efectuada a 2 de Dezembro de 2013.

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